terça-feira, 4 de outubro de 2011

ECCE HOMO


Georges Bourdooukan

A humanidade é uma ave de asas partidas
Que vaga no Universo rumo ao desconhecido
Em busca de um sentido para a vida

Tem o alucinado por guia

Navega uma rocha movida pela soberba,
Pela arrogância e pela paixão,
O eu é, o ele não é

Um louvor à imperfeição

A Humanidade é um espelho embaçado
Alimentado pelo desespero e pela incerteza,
Fome e ódio não permitem pensar no amanhã

A natureza não cria indigentes

O destino, uma profundidade insondável,
Uma porta da qual só você tem a chave,
Do destino homem algum escapou.

Nada é definitivo, nem a morte

Vontade de viver, vontade de poder,
Eis a verdadeira dimensão do homem
Para atingir o eterno e superar o infinito

Maior que o infinito menor que o imenso
Procure o intermediário entre o
Saber e o ignorar e terá
O invisível sustentando o visível

A essência superando a existência

Não há limite para o possível,
Saber questionar é viver,
Aceitar o dogma é anular-se

Quem pode entender a razão humana?

O homem é algo que precisa ser superado,
Brutalidade e ganância movem o planeta,
O homem animal doméstico do  homem

O que é o homem?
Ele é aquele que troca a alma pelo lucro
Ignorando o que a história ensina,
Onde houver opressão haverá Revolução

Eis o homem.

2 comentários:

  1. Alguém bateu à porta da Bem-Amada, e uma Voz lá de dentro perguntou:
    - Quem está aí?
    E ele respondeu - Sou eu.
    A Voz então disse:
    - Esta casa não conterá nós dois.
    E a porta continuou fechada. Então o Amante foi para o deserto e na solidão jejuou e orou. Retornou depois de um ano e bateu novamente à porta. E de novo a Voz perguntou:
    - Quem é?
    E o Amante respondeu:
    - És tu mesma!
    E a porta lhe foi aberta.

    Eu olhei em torno, procurando-O. Ele não estava na Cruz. Dirigi-me ao templo do ídolo, ao antigo pagode; nenhum sinal Dele era visível ali. Fui então para a Caaba; Ele não se achava naquele refúgio de velhos e jovens. Perguntei a Ibn Sina (Avicena) do Seu estado; Ele não se achava ao alcance de Ibn Sina. Olhei para o meu próprio coração. Aí eu O vi. Ele não estava em nenhum outro lugar.

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  2. Nós somos o todo da parte e a parte do todo!Deus está em nóis todos e todos somos um único, a unidade que se faz na multiplicidade!

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